domingo, 19 de outubro de 2025

A LUA NA CULTURA HUMANA

A LUA E A CULTURA

As Fases da Lua: Ciência, Astronomia e Cultura 
na História Humana

(WP)


Fases (makeagif)


Lua. (ESA)

A Lua, nosso satélite natural, sempre exerceu fascínio sobre a humanidade, influenciando desde a ciência e a astronomia até a cultura e a espiritualidade. Suas fases: Nova, Crescente, Cheia e Minguante, são resultado de sua órbita ao redor da Terra e da incidência da luz solar, mas também carregam significados profundos em diferentes sociedades ao longo da história.

Aspectos Científicos e Astronômicos

As fases da Lua ocorrem devido à sua posição relativa em relação à Terra e ao Sol. Como a Lua não emite luz própria, nós a vemos refletindo a luz solar. Conforme ela orbita nosso planeta (em um ciclo de aproximadamente 29,5 dias, chamado de *mês sinódico*), diferentes porções de sua face iluminada se tornam visíveis da Terra:

• Lua Nova: A Lua está entre a Terra e o Sol, tornando-se quase invisível no céu noturno.
• Crescente: Uma pequena parte da Lua começa a aparecer, iluminada pelo Sol.
• Quarto Crescente: Metade do disco lunar está visível.
• Lua Cheia: A Terra está entre o Sol e a Lua, que aparece totalmente iluminada.
• Minguante: A porção iluminada diminui até a próxima Lua Nova.

Fases da Lua

Esse ciclo não apenas regula as marés (devido à atração gravitacional) mas também influencia estudos astronômicos e missões espaciais, como os pousos lunares.

Influência Cultural e Simbólica

Desde a antiguidade, as fases da Lua inspiraram mitos, rituais e calendários:

• Agricultura: Muitas culturas plantavam e colhiam conforme as fases lunares, acreditando em seu efeito sobre o crescimento das plantas.
• Religião e Mitologia: Na mitologia grega, a Lua era associada à deusa Selene; já na cultura mesopotâmica, era ligada ao deus Sin. Festivais como o Ramadã (islâmico) e o Pessach (judaico) seguem calendários lunares.
• Folclore e Superstições: A Lua Cheia já foi associada a transformações (lobisomens), fertilidade e até mesmo a comportamentos incomuns (o "efeito lunar").
• Arte e Literatura: Desde a poesia de Camões até a música popular, a Lua simboliza mistério, amor e mudança.

As fases da Lua são um fenômeno astronômico com impactos concretos na natureza, mas também uma fonte inesgotável de inspiração cultural. Seja na ciência, na religião ou na arte, a Lua continua a ser um elo entre o céu e a Terra, unindo racionalidade e imaginação na experiência humana.

A Ascensão da Meia-Lua: Significado e Celebração

A Ascensão da Meia-Lua é um evento simbólico e cultural que marca o momento em que a Lua atinge sua fase crescente, exibindo metade de seu disco iluminado. Essa fase, conhecida como Quarto Crescente, carrega significados profundos em diferentes tradições, desde a espiritualidade até a agricultura, e é celebrada de diversas formas ao redor do mundo.

Significado Astronômico e Natural
Na astronomia, a meia-lua crescente ocorre quando a Lua está a 90 graus do Sol em relação à Terra, tornando visível 50% de sua face iluminada. Esse é um dos quatro estágios principais do ciclo lunar e representa transição, crescimento e preparação, antecedendo a Lua Cheia.
Além disso, a meia-lua tem influência sobre as marés e, em algumas culturas, é considerada um momento propício para o plantio e o planejamento de atividades.

Significado Cultural e Espiritual
Em diversas tradições, a meia-lua simboliza:
• Equilíbrio e Transformação: Por estar entre a Lua Nova e a Cheia, representa um momento de progresso e manifestação de intenções.
• Fertilidade e Renovação: Em culturas agrícolas, esse período era associado ao plantio e ao crescimento.
• Símbolo Religioso: A meia-lua é um ícone importante no Islã, presente em bandeiras e arquitetura, representando fé e orientação divina.

Comemorações e Rituais
Algumas culturas celebram a Ascensão da Meia-Lua com:

1. Rituais de Prosperidade: Na astrologia e em práticas esotéricas, esse período é visto como ideal para trabalhar metas e projetos.
2. Festivais Lunares: Em países como China e Japão, festivais celebram as fases da Lua, incluindo a meia-lua, com lanternas e oferendas.
3. Observações Astronômicas: Grupos de astronomia organizam eventos para contemplar a Lua nessa fase, destacando sua beleza e importância científica.

Conclusão
A Ascensão da Meia-Lua é mais do que um simples fenômeno celeste é um símbolo de crescimento, equilíbrio e conexão entre o céu e a Terra. Seja na ciência, na religião ou na cultura popular, essa fase lunar continua a inspirar rituais, celebrações e reflexões sobre o tempo, a natureza e o destino humano.

"A meia-lua não é apenas um estágio; é um convite a avançar, a crescer e a esperar a plenitude que está por vir."


Ascensão da Meia-Lua: Desvendando Mistérios e Celebrando a Beleza Lunar

O Doodle do Google de hoje nos convida a contemplar a ascensão da meia-lua, um evento astronômico que marca o início de um novo ciclo lunar. Mas o que significa a ascensão da meia-lua e qual a sua importância para nós? Neste artigo, vamos explorar o significado cultural e científico deste fenômeno, mergulhando nas fases da lua, sua influência na natureza e na história da observação lunar.

A Lua Crescente: Simbolismo e Significado Cultural

A Lua Crescente, fase que se inicia após a Lua Nova, representa um período de crescimento, renovação e esperança em diversas culturas. É um momento propício para iniciar novos projetos, fortalecer intenções e cultivar o otimismo. Em algumas tradições, a Lua Crescente simboliza a fertilidade e a abundância, sendo associada a deusas como Ísis, Istar e Diana. No Hinduísmo, a Lua representa a vida dos antepassados e a faceta transformadora de Shiva.

A carta da Lua no Tarot, por sua vez, traz consigo um simbolismo mais complexo, relacionado à tristeza, solidão e magia. Essa dualidade de significados, transitando entre a luz e a sombra, reflete a própria natureza da Lua e sua influência em diversos aspectos da vida terrestre. Esta associação com o subconsciente e as emoções está presente em crenças sobre a influência da lua no comportamento humano.

As Fases da Lua e Seus Impactos

A Lua, nosso satélite natural, não emite luz própria, mas reflete a luz do Sol. Conforme a Lua orbita a Terra, a porção iluminada que vemos daqui muda, dando origem às diferentes fases lunares. O ciclo completo, chamado de lunação, dura cerca de 29,5 dias e se divide em quatro fases principais: Nova, Crescente, Cheia e Minguante.

É interessante notar que, mesmo quando a Lua está em sua fase crescente, podemos observar um fraco brilho na parte não iluminada do disco lunar. Esse fenômeno, conhecido como "luz cinérea", ocorre devido à luz solar refletida pela Terra que atinge a superfície lunar e retorna como um brilho tênue.

Cada fase lunar exerce influência sobre a Terra. A mais evidente é a sua relação com as marés. A força gravitacional da Lua atrai a água dos oceanos, criando protuberâncias que se movem com a rotação da Terra, causando as marés altas e baixas. O Sol também influencia as marés, mas com menor intensidade devido à sua distância. Quando o Sol e a Lua estão alinhados (Lua Nova e Lua Cheia), suas forças gravitacionais se somam, resultando em marés mais intensas, chamadas de marés de sizígia.

Essa força gravitacional não se limita a influenciar as águas oceânicas. Existe também o conceito de "marés corporais", que se refere à sutil influência da Lua sobre os fluidos no corpo humano. Embora essa influência seja menos perceptível do que nas marés oceânicas, ela nos lembra da profunda conexão entre o nosso planeta e o seu satélite natural.

A luminosidade da Lua também afeta o comportamento de diversos animais. A Lua Cheia, por exemplo, pode influenciar os hábitos de caça de predadores, a reprodução de corais e até mesmo o comportamento de animais domésticos. Cães e gatos, por exemplo, podem apresentar maior agitação ou vocalização durante a Lua Cheia. A maior luminosidade noturna pode interferir na locomoção e migração de algumas espécies na floresta, impactando as relações entre predadores e presas e o equilíbrio dos ecossistemas.

A Lua na História da Humanidade

A observação da Lua é uma prática milenar. Desde a antiguidade, diferentes culturas utilizaram o ciclo lunar para marcar o tempo, criar calendários e desenvolver sistemas de agricultura. Os povos antigos observavam as fases da Lua para prever as melhores épocas para plantar e colher, além de se orientarem pelas estrelas e constelações. Um exemplo notável é o "Crescente Fértil", uma região do Oriente Médio onde floresceram algumas das primeiras civilizações. A agricultura era a base dessas sociedades, e o conhecimento do ciclo lunar era crucial para o sucesso das colheitas.

A Lua também inspirou mitos, lendas e crenças em diversas civilizações. Na mitologia grega, Selene era a deusa da Lua, enquanto os romanos a cultuavam como Diana. Para os antigos egípcios, a Lua era associada ao deus Thoth, responsável pela sabedoria e pela escrita.

Com o desenvolvimento da astronomia, a compreensão da Lua se aprofundou. Descobrimos que a Lua se formou há cerca de 4,5 bilhões de anos, provavelmente a partir de uma colisão entre a Terra e um objeto do tamanho de Marte. Missões espaciais, como a indiana Chandrayaan-3, continuam a explorar a superfície lunar em busca de novas descobertas sobre sua composição e história.

É fascinante observar como a observação da Lua moldou a nossa percepção do tempo. Muitas culturas ainda utilizam calendários lunares, e mesmo o calendário gregoriano, que se baseia no ciclo solar, mantém traços da influência lunar. A própria palavra "mês", por exemplo, deriva de "lua". Essa herança linguística nos lembra da importância do ciclo lunar na história da humanidade.

Conclusões e Reflexões

A ascensão da meia-lua nos convida a olhar para o céu e a refletir sobre a nossa conexão com o universo. A Lua, com sua beleza e mistério, inspirou a humanidade ao longo da história, influenciando a cultura, a ciência e a vida cotidiana. Observar as fases da Lua, compreender seus ciclos e seus impactos na natureza nos permite conectar com o ritmo do cosmos e apreciar a grandiosidade do universo que nos cerca.

Desde os primórdios da civilização, a Lua tem sido objeto de fascínio e admiração. Seja como um símbolo de fertilidade e renovação, um guia para a agricultura ou um farol para os navegantes, a Lua sempre ocupou um lugar central na cultura humana. Com o avanço da ciência, desvendamos muitos dos mistérios da Lua, mas sua beleza e influência continuam a nos encantar. A cada nova lua crescente, somos lembrados da constante dança entre a Terra e seu satélite natural, um ciclo que se repete há bilhões de anos e que nos conecta ao ritmo do cosmos.

II

A Lua tem um movimento de rotação em torno do seu eixo e um movimento de translação à volta da Terra.

Períodos de rotação e de translação da LuaAs diferentes formas que a Lua apresenta, quando vista da Terra, chamam-se fases da Lua.

As fases da Lua são consequência do movimento de translação da Lua em volta da Terra. Devido a este movimento, a face da Lua voltada para a Terra não está sempre igualmente iluminada, apresentando-se, por isso, com diferentes formas.

No vídeo podemos ver, simultaneamente, o movimento de rotação da lua e o seu movimento de translação em torno da Terra, na situação em que o período de rotação é igual ao período de translação.

Da Terra vemos sempre a mesma face da Lua porque os seus períodos de rotação e de translação são iguais: 27,3 dias.

A Lua tem um período de rotação e de translação aproximadamente igual a 27 dias e 8 horas.

É por esta razão que a Lua tem sempre a mesma face voltada para a Terra.
Fases da Lua: formas da Lua, vistas da Terra, resultantes de diferente iluminação pelo Sol.

Apesar disso, numa noite sem nuvens, nem sempre se consegue ver a Lua ou, mesmo quando se vê, ela apresenta aspetos diferentes: fases da Lua.


A Lua, vista do Espaço, tem sempre um lado voltado para o Sol e que, por isso, está iluminado, e um lado oposto ao Sol que, naturalmente, não está iluminado.

A Lua não tem luz própria mas recebe luz do Sol, tendo sempre metade da sua superfície iluminada e outra metade às escuras.

A face da Lua voltada para a Terra não está sempre igualmente iluminada.
A Lua tem vários aspetos para um observador na Terra porque, no seu movimento de translação, vai ocupando posições diferentes relativamente ao Sol e à Terra.

A Lua está em fase de lua nova quando, da Terra, a Lua não se vê, pois o lado da Lua que está voltado para a Terra não está iluminado pelo Sol.

A Lua está em fase de quarto crescente quando, da Terra, apenas vemos metade da Lua iluminada (o lado direito, se observada do hemisfério norte).

A Lua está em fase de lua cheia quando, da Terra, vemos completamente o lado da Lua que está iluminado pelo Sol.

A Lua está em fase de quarto minguante quando, da Terra, vemos metade da Lua iluminada (o lado esquerdo, se observada do hemisfério norte).


Os eclipses

Um eclipse é a ocultação total ou parcial de um astro pela sombra ou penumbra de outro astro.

A passagem da Lua pela sombra ou pela penumbra da Terra provoca os eclipses da Lua, que podem ser totais, parciais ou penumbrais.

A passagem da Lua em frente ao Sol, projetando na Terra a sombra ou a penumbra, provoca os eclipses do Sol, que podem ser totais, anulares ou parciais.


Eclipses da Lua

Ocultação total ou parcial da Lua pela sombra ou pela penumbra da Terra. Pode ocorrer apenas em fase de Lua Cheia.

Uma parte da Lua começa a ser ocultada pela sombra da Terra. A parte oculta vai sendo cada vez maior.

Por alguns instantes a sombra da Terra oculta quase toda a Lua.

Quando começa a sair da sombra da Terra, a Lua vai ficando a descoberto até que o eclipse acaba.

Nestes eclipses, a Terra projeta a sua sombra na Lua e, para um observador na Terra, a Lua fica oculta pela sombra da Terra.

Os eclipses da Lua podem ser totais ou parciais, conforme a zona de sombra da Terra oculta total ou parcialmente a Lua.
Eclipses do Sol

Um eclipse do Sol ocorre quando o Sol, a Lua, que se encontra na fase de lua nova, e a Terra ficam alinhados.


Nestes eclipses, a Lua projeta a sua sombra na Terra, e para um observador na Terra, situado na zona de sombra da Lua, o Sol fica oculto pela Lua.

Um mesmo eclipse do Sol pode ser total ou parcial, dependendo do lugar da Terra de onde é observado:Se for observado a partir da zona de sombra é um eclipse total.

Se for observado a partir da zona de penumbra é um eclipse parcial.

Durante um Eclipse do Sol

O Sol começa a ser ocultado pela Lua e, à medida que o tempo passa, a zona ocultada é sucessivamente maior.

Por alguns instantes o eclipse do Sol é total e é possível observar a coroa solar.

Depois, a Lua começa a ocultar cada vez menos o Sol, à medida que o tempo passa, até que o eclipse acaba.


Na figura podes ver uma simulação computacional da evolução de um eclipse total do Sol, onde aparece bem evidente a coroa solar no instante em que a Lua o oculta totalmente.

Por que razão não há eclipses sempre que é 
Lua cheia ou Lua nova?

Para que haja um eclipse é necessário que os centros dos três astros, Sol, Terra e Lua, estejam perfeitamente alinhados.

As órbitas de translação da Terra e da Lua não estão exatamente no mesmo plano: em fase de lua cheia, a Lua passa muitas vezes abaixo ou acima da sombra e da penumbra projetadas pela Terra, não havendo eclipse da Lua.

Em fase de lua nova, a Terra encontra-se muitas vezes abaixo ou acima da sombra e da penumbra projetadas pela Lua, não havendo eclipse do Sol.

As marés são provocadas pela atração gravitacional que deforma a água do mar. Entretanto, essa atação não se verifica somente na água do mar, podendo ser media nas montanhas também (mas em um nível menor devido a rigidez do material sólido). Essa atração faz subir o nível da região do planeta voltado para a Lua e no lado oposto, o que chamamos de maré alta.
A atração gravitacional da lua também faz descer o nível nas zonas restantes do planeta, o que chamamos de maré baixa.

As marés vivas ocorrem quando o Sol, a Terra e a Lua estão praticamente alinhados, o que acontece nas fase de lua nova e de lua cheia.

Quando o Sol, a Terra e a Lua estão em quadratura, nas fases de quarto crescente e de quarto minguante, ocorrem as marés mortas porque a deformação na coluna de água é menor.







Fonte

Lua (simbologia). 
Infopédia. Disponível em: 
https://www.infopedia.pt/artigos/$lua-(simbologia.
Acesso em: 22 de dezembro de 2024.

Fases da Lua. 
Wikipédia. Disponível em: 
https://pt.wikipedia.org/wiki/Fases_da_Lua. 
Acesso em: 22 de dezembro de 2024.

Fases da Lua. 
Info Escola. 
Disponível em: 
https://www.infoescola.com/geografia/crescente-fertil/. 
Acesso em: 22 de dezembro de 2024.

Fase lunar. 
Wikipédia. 
Disponível em: 
https://es.wikipedia.org/wiki/Fase_lunar. 
Acesso em: 22 de dezembro de 2024.

Como influencia a Lua as marés?. Instituto Camões. 
Disponível em: 

https://www.instituto-camoes.pt/images/stories/tecnicas_comunicacao_em_portugues/fisica/Fisica%20-%20Como%20influencia%20a%20lua%20as%20mares.pdf. 
Acesso em: 22 de dezembro de 2024.

A Lua e os pequenos mamíferos. Ciência Hoje. 
Disponível em: 
https://cienciahoje.org.br/artigo/a-lua-e-os-pequenos-mamiferos/. 
Acesso em: 22 de dezembro de 2024.

Como animais reagem às mudanças de fases da lua. Nexo Jornal. 
Disponível em: 
https://www.nexojornal.com.br/expresso/2024/11/05/lua-fase-mudanca-impacto-animais. 
Acesso em: 22 de dezembro de 2024.

Origem da Lua: dados de histórica missão indiana reforça teoria. CNN Brasil. Disponível em: 
https://www.cnnbrasil.com.br/tecnologia/origem-da-lua-dados-de-historica-missao-indiana-reforca-teoria/. 
Acesso em: 22 de dezembro de 2024.


Calendários antigos. Universidade de Coimbra.
Disponível em: https://www.mat.uc.pt/~helios/Mestre/H01orige.htm.
Acesso em: 22 de dezembro de 2024.




























ANTONI TÁPIES - EXPRESSIONISMO ABSTRATO

A ARTE DE ANTONI TÁPIES 


Biografia resumida 
Antoni Tàpies nasceu em Barcelona em 13 de dezembro de 1923 e faleceu na mesma cidade em 6 de fevereiro de 2012. (1) Filho de um advogado catalão e de uma família com forte ligação ao nacionalismo catalão, criou‑se num ambiente culturalmente ativo. (2) Inicialmente matriculou‑se em Direito na Universidade de Barcelona mas, em meados dos anos 40, abandonou o curso para dedicar‑se à arte de modo autodidata. (1) No final da década de 1940 associou‑se ao grupo vanguardista catalão Dau al Set (fundado em Barcelona em 1948) que reunia artistas e escritores interessados no surrealismo e no informalismo. (2) A partir da década de 1950 Tàpies consolidou um estilo muito pessoal, baseado em pintura, escultura e objetos, com forte ênfase na matéria, no suporte, nos resíduos e nas marcas da vida quotidiana. Em 1990 recebeu o prestigiado prémio Praemium Imperiale no Japão. (1) Em Barcelona foi criada a Fundació Antoni Tàpies, dedicada à promoção e preservação de seu trabalho. (3)

Estilo e características de sua obra

A obra de Tàpies é marcada por uma série de características que o tornam singular no panorama da arte do século XX:

Matéria e suporte: Ele explorou de forma radical o que podia ser “pintura” ou “objeto artístico”, incorporando materiais pouco convencionais como pó de mármore, areia, terra, cordas, panos, objetos encontrados — valorizando texturas e relevos. (4)

Informalismo / “matter painting”: Inserido no movimento chamado “Art Informel” ou pintura matérico‑matéria (“matter painting”), ele procurou libertar a pintura de fórmulas tradicionais e enfatizar o gesto, a superfície, o acaso e a presença do tempo. (4)

Signos, símbolos e religiosidade: Suas obras frequentemente têm insinuações simbólicas: cruzes, a letra “T”, marcas que evocam escrita ou grafite, paredes, rachaduras. Tàpies dizia que via a obra como um “campo de batalha” onde a destruição leva à tranquilidade estética. (5)

Objetos cotidianos e assemblage: A partir dos anos 60‑70, ele integrou objetos do dia a dia ou mobiliário como “suportes” ou “conteúdo” artístico — um velho móvel, palha, cordas — questionando a fronteira entre arte e vida, entre objeto útil e objeto artístico. (6)

Espiritualidade e contemplação: Apesar da aparência áspera ou materialmente rude de muitas peças, há uma busca metafísica, uma vontade de levar o espectador ao “estado de contemplação”. Ele próprio dizia que o artista é “como o místico”. (6)

Algumas obras representativas

Grey and Green Painting (1957): Uma das obras‑chave do pós‑meados dos anos 50. Tàpies mistura óleo, resina epóxi e pó de mármore sobre tela, produzindo uma superfície texturada espessa, quase “industrial”. A composição sugere uma paisagem abstrata ou um muro erodido. (4)

Gray Relief on Black (1959): Outra obra importante — óleo/látex com pó de mármore sobre tela — onde se evidencia a materialidade brutal da pintura e o relevo como elemento pictórico. (7)

Desk and Straw (1970): Exemplo da sua fase de assemblage: uma antiga escrivaninha servindo de “tela / objeto”, coberta com palha. Essa peça evidencia sua interrogação sobre utilidade, cotidiano, ruína e arte. (6)

Resumindo

Antoni Tàpies figura como um dos mais importantes artistas espanhóis (e europeus) da segunda metade do século XX por ter reinventado o que significava “pintura” ou “objeto artístico”, integrando matéria, objeto, signo e espiritualidade. Seu percurso demonstra uma evolução desde influências surrealistas até um domínio da pintura matérico‑informal e a incorporação de assemblages. Sua obra continua a nos convidar a ver aqueles resíduos, aquelas marcas “desprezadas” da vida quotidiana como portadoras de profundidade, memória, tempo e contemplação.

***

Antoni Tàpies foi um importante artista espanhol nascido na Catalunha. Ele é um dos famosos artistas do expressionismo abstrato europeu, talvez o artista catalão mais conhecido a surgir no período desde a II Guerra Mundial. Suas ideias tiveram influência mundial na arte, especialmente nos domínios das pinturas, esculturas, gravuras e litografia.

Antoni Tàpies i Puig nasceu no dia 13 de dezembro de 1923 na cidade de Barcelona, na Espanha.

Em 1948, Tàpies ajudou a fundar o primeiro Movimento Pós-Guerra na Espanha, conhecido como Dau Al Set, movimento que estava conectado ao Surrealismo e ao Dadaismo.

Tàpies começou como um pintor surrealista, seus primeiros trabalhos foram influenciados por Paul Klee e o também catalão Joan Miró; mas logo se tornou um expressionista abstrato, trabalhando em um estilo conhecido como “Arte Povera“, no qual materiais não artísticos são incorporados às pinturas.

Antoni Tàpies. Autorretrato 1945.

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Paisatge (Paisagem), 1950.

Antoni Tápies. (Fonte: Teresa Tàpies Domènech) (1)

Em 1950, Tàpies mudou-se para Paris. Para ele, de acordo com suas memórias pessoais, viveu momentos de “nova vitória para as democracias sobre o espectro das ditaduras da Europa Ocidental”. A experiência parisiense trouxe luz e esperança para a vida e obra do artista , enchendo-o de força otimista e nova inspiração. Em Paris, Tàpies decidiu renovar a sua obra unindo o espírito da vanguarda à crítica social e política.

Em 1953 ele começou a trabalhar com mídia mista, período em que sua obra foi considerada mais original. Um dos primeiros a criar arte séria dessa forma, ele adicionou argila e pó de mármore à sua pintura e usou resíduos de papel, barbante e trapos.

Tàpies, um dos mestres da arte abstrata , acreditava que a pintura em si era uma abstração e que a realidade não está na pintura, mas na mente do observador. Assim, nesta fase Tàpies iniciou a sua experimentação com os mais diversos materiais. Ele criou uma linguagem própria, abandonando a figura e buscando captar os efeitos plásticos da matéria. Essa transformação começa com as colagens, enriquecidas com arranhões na tela, pegadas, cordas, areia e pó de mármore, entre outros materiais.

Nos círculos de resistência anti-Franco desde o início dos anos 60, no final dessa década a sua participação política evoluiu, gerando obras significativas.

Em 1966 pintou Blau amb quatre barres roges (Azul com quatro barras vermelhas), cuja pintura foi uma reivindicação da memória proibida. Nesse período, exibir a bandeira catalã era uma sentença de prisão.

Blau amb quatre barres roges. Antoni Tápies. 1966.


Em 1970, o artista assinou um manifesto, juntamente com centenas de artistas e intelectuais, exigindo anistia, abolição da pena de morte, reconhecimento das liberdades e direito à autodeterminação. Para Tàpies, a luta pela liberdade e pela democracia estava ligada à defesa dos direitos nacionais da Catalunha, e neste momento suas criações refletem esse desejo.

O espirito catalão. Antoni Tàpies. 1971.

Tàpies considerou que a luta pelos direitos humanos deve ser um dos propósitos de todas as culturas. Por isso, já em democracia, ampliou seu “campo de batalha” e se envolveu em causas políticas e anti-repressivas em todo o mundo. Houve poucos conflitos aos quais Tàpies não dedicou sua atenção. O Vietnã, as ditaduras do Chile e do Uruguai, o apartheid na África do Sul, a Palestina, entre outros, receberam a solidariedade de seu gesto artístico.

No início da década de 1990, novos conflitos abalaram o mundo: as guerras no Golfo e nos Bálcãs, a invasão do Afeganistão, entre outros, foram seguidos por ele com muita preocupação. Suas obras neste período, tentam moldar a atmosfera violenta e selvagem.

Nos últimos anos de sua vida, Tàpies retoma alguns de seus grandes temas: o corpo, morte e desejo. A convivência com a guerra civil na adolescência o deixou muito consciente da morte. Seu trabalho está enraizado neste fato.

Faleceu em Barcelona, no dia 6 de fevereiro de 2012.

A obra de Tàpies é marcada pela experiência traumática de viver a guerra e o primeiro pós-guerra durante a adolescência e juventude. Mesmo sem um sentido político específico, sua espontaneidade e rebelião eram um sinal de oposição à ordem estabelecida. A incerteza da época permeia sua obra com imagens brutais.

Ásia. Antoni Tàpies. 1951.

Grafismo sobre verniz. Antoni Tàpies. 1955.

Quadrados. Antoni Tàpies. 1967.

Banho de Colônia. Antoni Tàpies. 1972.

Divisão. Antoni Tàpies. 1983.


Solidariedade com a Bósnia. Antoni Tàpies. 1995 (Pôster).


No Leito. Antoni Tàpies. 2006.

The acid is my knife

A. Tápies

Tàpies


Antoni Tàpies. Gran Taca Roja, 1976. 
Grabado (56 x 76 cm). Ediciones: 75 cópias.

Antoni Tàpies, COLLAGE DE LLIT, 2000
Técnica Mixta, y collage sobre papel
 71 × 1 × 100 cm





Fontes para o texto

1. Encyclopaedia Britannica – “Antoni Tàpies”. ([Encyclopedia Britannica][1])
2. TheArtStory – “Antoni Tàpies: Paintings, Bio, Ideas”. ([The Art Story][4])
3. Fundació Antoni Tàpies – Biografia PDF. ([fundaciotapies.org][8])
4. The London List – “Antoni Tàpies: Meditating on the Void”. ([THE LONDON LIST][6])
5. Barnebys Magazine – “Antoni Tàpies: 5 Facts to Know”. ([Barnebys.co.uk][9])

Se quiser, posso também levantar **uma cronologia detalhada completa** da sua obra (anos, técnicas, fases) ou **uma galeria com imagens de 10 obras‑marco** comentadas — gostaria que fizesse isso?

1)
https://www.britannica.com/biography/Antoni-Tapies?utm_source=chatgpt.com "Antoni Tàpies | Abstract art, Surrealism, Catalan | Britannica"

2)
https://en.wikipedia.org/wiki/Antoni_T%C3%A0pies?utm_source=chatgpt.com "Antoni Tàpies"

3)
https://patrimoni.gencat.cat/en/collection/fundacio-antoni-tapies?utm_source=chatgpt.com "Fundació Antoni Tàpies"

4)
https://www.theartstory.org/artist/tapies-antoni/?utm_source=chatgpt.com "Antoni Tàpies Paintings, Bio, Ideas | TheArtStory"

5)
https://www.wikiart.org/en/antoni-tapies/grey-and-green-painting-1957?utm_source=chatgpt.com "Grey and Green Painting, 1957 - Antoni Tapies - WikiArt.org"

6)
https://www.thelondonlist.com/culture/antoni-tapies?utm_source=chatgpt.com "Meditating on the Void — THE LONDON LIST"

7)
https://www.moma.org/collection/works/78435?utm_source=chatgpt.com "Antoni Tàpies. Gray Relief on Black. 1959 | MoMA"

8)
https://fundaciotapies.org/wp-content/uploads/2023/03/03-Biografia-4-ANG.pdf?utm_source=chatgpt.com "Antoni Tàpies. A Biography"

9)
https://www.barnebys.co.uk/blog/antoni-tapies-5-facts-to-know?utm_source=chatgpt.com "Antoni Tàpies: 5 Facts to Know | Barnebys Magazine"

https://arteeartistas.com.br/biografia-de-antoni-tapies/










































TIPOS DE TINTA

TIPOS DE TINTA


Em quase qualquer discussão sobre tintas para impressão tipográfica, opiniões fortes serão expressas a favor de uma ou outra marca de tinta, e ainda mais sobre se deve-se usar tintas à base de óleo, de borracha ou acrílicas. A indústria tem a sorte de ter essas escolhas disponíveis para tipos específicos de trabalho e para corresponder a várias formas de trabalhar. A discussão a seguir tratará não das marcas, mas sim dos vários tipos de tinta usados na impressão tipográfica atualmente.



Algumas marcas de tinta para xilogravura.



Componentes de uma Tinta de Impressão

Os livros didáticos tradicionais em tecnologia de impressão dividiam os componentes das tintas de impressão em três partes: veículo, pigmento e aglutinante. Nesta discussão, mais um componente será adicionado à mistura: os aditivos.

Veículo

O veículo de uma tinta é o componente que permite que a tinta flua, se espalhe e se transfira de rolo para rolo e do rolo para a chapa (no caso da tipografia, qualquer superfície em relevo usada como portadora de imagem). Tradicionalmente, óleos vegetais têm sido usados como veículo em tintas. O óleo de linhaça, o óleo prensado da semente do linho, tem a história mais longa nesse papel. Com o advento do refino de petróleo, os destilados minerais reduziram o papel dos óleos de linhaça nas tintas, mas a maioria das tintas convencionais para tipografia tem pelo menos algum óleo de linhaça ou outro óleo vegetal no componente veículo. Óleos de soja têm sido usados há algum tempo como uma alternativa para o óleo de linhaça, pois compartilham características semelhantes. Seja o que for usado como veículo deve ter algumas características de secagem que possam ser alteradas ou controladas para proporcionar a "cura" adequada da tinta nas várias superfícies sobre as quais as imagens impressas devem ser aplicadas.

Pigmento

O papel principal do pigmento é o de cor e opacidade em uma tinta de impressão. Combinações de vários pigmentos podem ser usadas para fornecer a vasta gama de cores que podem ser impressas. Pigmentos brancos e pretos são usados em tintas coloridas para fornecer matizes (mais claras) e tons (mais escuros) variados dos pigmentos base.

Os pigmentos usados em tintas de impressão mudaram ao longo dos anos devido a novas tecnologias, disponibilidade de material e ao aumento do conhecimento sobre seu efeito nas pessoas e no meio ambiente. Um pigmento que ainda é amplamente usado em tintas de impressão é o negro de carbono (carbono black). A fonte desse pigmento também mudou ao longo dos anos, mas sempre foi o produto da queima de algo para criar uma substância preta ou "fuligem".

Os pigmentos são escolhidos por sua aparência de cor, mas também por várias propriedades que possuem de resistência aos raios ultravioleta, calor, solventes, água, etc. Você notará que as tintas podem variar bastante em custo para cores diferentes, pois os pigmentos que as coloram variam muito no custo das matérias-primas. O preto é geralmente a cor de tinta menos cara, pois o negro de carbono é um corante barato. Alguns materiais que poderiam ser úteis como pigmentos não são adequados, pois podem reagir com as resinas e vernizes usados nas tintas, e a cor pode ser muito afetada pelo contato com esses outros componentes químicos.

Um exemplo de pigmento que caiu em desuso na história recente é o amarelo de cromo. O processo usado em sua produção era perigoso para os funcionários envolvidos, bem como para o meio ambiente em geral. O amarelo de cromo é um cromato de chumbo, e o chumbo como componente de pigmento foi gradualmente eliminado da paleta do impressor, assim como foi da paleta do pintor de paredes. O chumbo também era usado extensivamente em outras cores para clareá-las e foi principalmente substituído por dióxido de titânio e compostos de zinco.

Aglutinantes

As resinas usadas em tintas de impressão servem principalmente como "aglutinantes". Isso significa que elas servem para unir os outros componentes e permitir que todos se juntem para formar um filme que fica sobre o papel. As resinas também servem para fornecer aderência ao material sobre o qual as tintas são impressas. O tipo de resina usada é frequentemente usado para descrever o tipo de tinta e fornece a base para muitas discussões e expressões de opinião sobre qual é o melhor tipo de tinta para os tipógrafos usarem. Nos três tipos de tinta mais usados, as resinas utilizadas são: alquídica (à base de óleo), borracha e acrílica. Existem outros tipos de resina que podem ser usados para características específicas, mas estas três mencionadas são as que aparecem com mais frequência nas formulações para tipografia e nas tintas *offset*-lito usadas por tipógrafos.

Aditivos

Aditivos e modificadores são usados em tintas de impressão para "ajustar" as características da tinta, tornando-a mais adequada para o trabalho em questão. Por exemplo, cera pode ser adicionada para aumentar a resistência ao atrito de uma tinta usada para aplicações de embalagem. A maioria das tintas para impressão tipográfica vem pronta para imprimir sem necessidade de adição de aditivos. No entanto, alguns impressores gostam de "ajustar" sua tinta por várias razões, e uma discussão sobre os aditivos que podem ser adicionados pode ser valiosa para o impressor para solucionar problemas de tinta na prensa.

Existem três aditivos principais que podem auxiliar o impressor a adaptar a tinta ao papel ou à natureza da imagem que está sendo impressa. O mais usado dos aditivos é um agente secante. Este geralmente reage com o oxigênio no ar para reticular (formar ligações cruzadas entre) as resinas usadas na tinta e ajuda a formar uma camada resistente de tinta na superfície do substrato. Geralmente é preciso muito pouco desse aditivo para fazer um bom trabalho. Demais pode realmente inibir a ação de reticulação. Os secantes mais usados são sais de cobalto e manganês.

Outro aditivo frequentemente usado por tipógrafos é o carbonato de magnésio (giz). O giz muda o "comprimento" da tinta e é usado para modificar o verniz, tornando-o "mais curto". Isso significa que ele ajuda a combater a tendência da tinta de "formar fios" (stringing) quando o filme de tinta é separado, e permite que a tinta seja aplicada facilmente pelos rolos até a superfície da imagem e, na impressão, permite que o filme de tinta se rompa assim que a impressão é feita e a forma começa a se afastar do substrato, formando uma borda mais distinta na imagem. O carbonato de magnésio também pode ser usado para adicionar opacidade a uma tinta, embora a adição de tinta branca opaca seja mais comumente usada para essa aplicação e seja muito mais adequada para esse propósito.

O Redutor de Gel (Gel Reducer) é um produto que reduz a "viscosidade" (tack) de uma tinta. Ele é útil ao imprimir em papéis muito macios que tendem a "arrancar" (picking). O "picking" ocorre quando as fibras do papel são puxadas para fora conforme a forma ou o tipo se afasta do papel. A tinta é pegajosa o suficiente para separar as fibras do papel e essas fibras podem se misturar com a tinta ou tender a preencher pequenas áreas abertas na imagem, exigindo limpeza frequente durante uma tiragem.

Que Tipo de Tinta Funcionará Melhor?

A maioria dos tipógrafos modernos utiliza tintas que foram lançadas no mercado principalmente como tintas para litografia offset. Existem alguns fornecedores especializados que adaptaram uma linha de tintas para impressão tipográfica, mas a maioria dos tipógrafos modernos usa tintas offset-lito para sua produção. Isso é perfeitamente bom, pois a composição da tinta e, em grande parte, as especificações físicas da tinta variam pouco do que seria especificado para tintas de impressão tipográfica.

Em geral, as tintas projetadas para pequenas prensas offset e duplicadoras funcionam bem e têm o corpo e a viscosidade (tack) necessários para uso em tipografia sem modificação. Algumas das tintas projetadas para prensas offset-lito de bobina (web) e plana (sheet-fed) de alta velocidade têm menos corpo e viscosidade (tack) mais baixa do que seria ideal para tipografia. Isso não quer dizer que essas tintas de alta velocidade não funcionariam, elas apenas podem exigir um pouco mais de modificação pelo operador da prensa para funcionarem tão bem. No entanto, uma das vantagens dessas tintas de alta velocidade é que os pigmentos são geralmente mais finamente moídos e a proporção de pigmento para veículo pode ser maior.

Tintas Alternativas

Existem algumas tintas projetadas para outras aplicações que, em certas instâncias, podem ser usadas para trabalho tipográfico. Cada uma teria características que se adequam ao seu uso esperado, mas que dificultam o uso para todas as aplicações tipográficas.

Uma dessas tintas é a tinta à base de água para gravura em linóleo ou para relevo. Embora nunca seja sábio generalizar, a maioria dessas tintas carece do corpo necessário para distribuição nos sistemas de entintagem mais automatizados utilizados em prensas tipográficas de platina e cilíndricas. Elas foram verdadeiramente projetadas para entintagem manual de áreas de imagem bastante amplas e operação em velocidades mais baixas, onde o papel é descascado da superfície de uma chapa ou imagem lentamente e não separado em um puxão rápido. As tintas foram projetadas para uso em situações domésticas e escolares onde a limpeza deve ser feita com água e sabão, e funcionam razoavelmente bem para uso em sala de aula. Se materiais à base de água forem usados, certifique-se de que os rolos da prensa sejam de borracha ou borracha sintética, pois os rolos de composição de cola convencionais incham quando expostos diretamente à água e se tornam inúteis.

A mesma falta de corpo ou rigidez da tinta é encontrada mesmo em tintas à base de óleo projetadas para gravura em linóleo, e muitos tipógrafos iniciantes tentam utilizar essas tintas porque estão facilmente disponíveis em lojas de material artístico em tubos pequenos. Pareceria que esta seria uma forma econômica de comprar tintas para tipografia, mas a natureza da tinta é tal que apenas resultados medíocres serão obtidos ao imprimir a partir de tipos ou chapas com qualquer quantidade de detalhes finos.

Algumas tintas para serigrafia encontraram uso em operações de tipografia para impressão em têxteis, pois foram projetadas para imprimir em têxteis com algum grau de permanência e lavabilidade. Mais uma vez, esta tinta não foi projetada para ser distribuída da maneira das tintas tipográficas e, embora possa funcionar, não dará o mesmo grau de qualidade que uma tinta projetada para impressão mais automatizada permitirá.

É fundamental, ao usar qualquer tinta não projetada para tipografia ou offset-lito, fazer um trabalho completo de limpeza das tintas da prensa e dos rolos e colocar algo nas partes metálicas expostas (no caso de tintas à base de água) que as impeça de enferrujar entre os usos. Um óleo limpo espalhado uniformemente fará um bom trabalho de revestimento das partes metálicas expostas.

Características de Secagem

Como mencionado acima, agentes secantes podem ser adicionados às tintas para acelerar a cura da tinta em vários tipos de substratos. Alguns tipos de tinta são naturalmente propensos a características de secagem específicas se agentes secantes adicionais não forem adicionados.

As tintas à base de borracha são, em sua maioria, formuladas para secagem lenta e "secam" mais por absorção no substrato de papel do que por secagem na superfície. Essa característica das tintas à base de borracha as torna a tinta de escolha para muitas escolas, pois uma prensa pode permanecer entintada para provas o dia todo e não ter problemas com secagem nos rolos. Alguns impressores deixam uma tinta à base de borracha na prensa durante a noite ou por longos períodos sem limpeza e apreciam o uso dessas tintas devido à sua natureza tolerante. Deixar tinta na prensa durante a noite a deixa exposta a coletar poeira e partículas do ar e, embora a tinta permaneça "aberta" (não seca), ela muda um pouco de caráter quando exposta ao ar por um longo tempo, e parte do veículo da tinta pode evaporar, tornando a tinta mais rígida do que sua condição original. Mesmo depois de quase secar na prensa, as tintas à base de borracha permanecem fáceis de remover dos rolos da prensa com solução de limpeza (press wash) ou solventes padrão.

As tintas à base de óleo, por outro lado, têm características de secagem variáveis dependendo da quantidade e do tipo de secantes usados na formulação da tinta. Mesmo sem secantes adicionados, os alquídicos usados como aglutinantes são óleos secantes naturais (linhaça, soja, etc.) que, com tempo suficiente, secarão no substrato até um acabamento duro. Secantes podem ser adicionados para permitir a secagem dessas tintas em superfícies não porosas, como plásticos e papéis com revestimento (coated). Por serem de secagem natural, é importante limpar a prensa após o uso e certamente não deixar os rolos e a prensa entintados durante a noite. Sprays especiais estão disponíveis junto aos fornecedores de tinta para pulverizar no tambor de tinta, na forma ou nos rolos para permitir deixar a prensa entintada por um período mais longo, mas esses sprays podem alterar ligeiramente o caráter da tinta quando ela é rolada pela primeira vez após a pulverização, até que mais tinta seja adicionada.

Se uma peça for projetada para ser posteriormente processada em uma impressora a laser, um papel timbrado, por exemplo, uma tinta à base de óleo de secagem dura deve ser usada, pois as tintas à base de borracha podem ser pegadas pelo tambor de imagem da copiadora ou impressora e estragar cópias ou folhas impressas subsequentemente.

Instrutores tendem a preferir as tintas à base de óleo e borracha de secagem lenta para eliminar a preocupação com os alunos deixarem a prensa entintada e o subsequentemente trabalho duro de limpeza com solventes mais fortes, ou maior esforço. Muitos outros impressores escolhem usar tintas à base de óleo devido às suas melhores características de secagem e desempenho na prensa. Certamente não existe uma tinta que satisfaça todos os tipos de impressores ou funcione com todos os tipos de substratos.

A tinta é uma daquelas coisas que cada impressor individual deve experimentar por si mesmo, e em seu próprio tempo, para ver o que se adapta tanto ao estilo do impressor quanto à qualidade da peça impressa finalizada.





Fonte

Printing Ink Technology, E.A. Apps, New York: 1959, Chemical Publishing Co.

Printing Inks: Their Chemistry and Technology, Carleton Ellis, New York: 1940, Reinhold Publishing Co.

Rubber Base Plus Colors M.S.D.S, Isandia, NY: 2006, Van Son Holland Ink Corp. of America CML-Oil Base Plus Colors M.S.D.S., Islandia NY: 2003, Van Son Holland Ink Corp. of America.





As tintas de impressão offset são compostas especialmente para uso em impressoras offset. Elas devem ser capazes de suportar a reação com a solução de fonte da impressora que se encontra na chapa. Idealmente, a tinta no rolo de tinta não deve absorver água (emulsificação água-em-tinta), nem deve se misturar com a solução de fonte nas áreas de não impressão da chapa (emulsificação tinta-em-água). Qualquer um destes problemas de emulsificação tenderá a prejudicar as qualidades de corpo, cor ou secagem da tinta, ou provocar a tingimento nas áreas não imprimíveis da chapa e folhas impressas.
As tintas de impressão offset utilizadas numa impressão offset devem ser capazes de transportar a cor pretendida e a energia de cobertura para o papel. Isto ocorre porque a blanqueta pega apenas uma porção da tinta da chapa e distribui apenas uma porção da mesma para o papel. O filme de tinta atingindo a chapa, então, é muito fina, e a tinta deve ser capaz de mostrar a sua cor e opacidade com este filme.

COMPOSIÇÃO DA TINTA DE IMPRESSÃO OFFSET

A tinta é feita de três ingredientes principais:
– o pigmento, que é o material de coloração na tinta,
– veículo, que é o líquido que contém as partículas de pigmento,
– modificadores, que controlam a secagem da tinta, bem como outros fatores, como cheiro, resistência ao desgaste e desbotamento.

Pigmento
Existem dois tipos básicos de pigmentos utilizados nas tintas de impressão offset.
Pigmento orgânico, que é feito de carbono, é usado para fazer tinta preta. Pigmentos inorgânicos, que são feitos misturando vários produtos químicos juntos, são usados ​​para tintas coloridas. Por exemplo, o enxofre, a sílica ou a argila da porcelana podem ser combinados com carbonato de sódio ou sais de sulfato para fazer tinta azul ultramarina.

Veículo
Veículo é o líquido que contém as partículas de pigmento e as transporta para o papel. Existem dois tipos de veículos utilizados em tintas offset: óleos como óleo de soja ou óleo de linhaça (que é um óleo amarelado feito de linho); e veículos sintéticos, que são líquidos resultantes da mistura de produtos químicos. Por exemplo, fenol e formaldeído misturados em conjunto produzem resinas fenólicas, por vezes utilizadas em tintas de impressão como um veículo.

Modificadores
Os modificadores são ingredientes adicionados à tinta para controlar a secagem e outras qualidades como cheiro e resistência ao desbotamento.

PROPRIEDADES VISUAIS

As propriedades visuais das tintas são uma função do corante ou pigmento, em relação ao sistema do veículo utilizado. Elas incluem cor, transparência ou opacidade e brilho. De longe, a cor de tinta mais utilizada é o preto. Em seguida, vêm ciano, magenta e amarelo que são usados ​​no processo de impressão para criar as milhares de cores tão familiares para nós em matéria impressa. Enquanto a física da cor é uma ciência altamente sofisticada, em termos mais simples a cor vem da luz refletida. A luz branca contém todo o arco-íris de cores. Quando essa luz passa através de um filtro ou é separada por um prisma ou gota de chuva, vemos as cores individuais no espectro da luz. Uma película de tinta atua como um filtro na luz reflectida a partir da superfície impressa, por exemplo, uma película de tinta vermelha permite que o segmento vermelho do espectro reflectido passe através enquanto bloqueia o resto das cores. Como as superfícies impressas variam em cor e em reflectância, elas também afetam a cor refletida. Assim, várias cores de tinta impressa individualmente ou “presas” uma em cima da outra criam efeitos de filtro diferentes resultando em diferentes cores visíveis. Da mesma forma, essas mesmas cores impressas em diferentes substratos resultarão em cores visíveis que são diferentes.
Quando nos referimos à cor da tinta, estamos falando mais frequentemente de matiz ou sombra – se a tinta é vermelha ou azul, verde ou roxa. Em segundo lugar, podemos descrever sua força ou saturação, também chamada chroma. Em terceiro lugar, podemos indicar o quanto clara ou escura ela é – uma referência à sua pureza ou valor. A quantidade de pigmento usado afeta a força de cor de uma tinta, e o tipo de veículo usado pode afetar tanto a tonalidade como o valor da cor da tinta. A cor do veículo em si, a sua capacidade de molhar os artigos de pigmentos e mesmo a interação química entre o veículo e o pigmento podem afetar a tonalidade ou a pureza. Finalmente, a cor do substrato e as suas propriedades de secagem / absorção afetam os resultados da cor impressa.

Opacidade da tinta – capacidade para ocultar a cor abaixo dela. Às vezes, uma tinta com pouca opacidade é necessária, como quando criamos sobreposição de duas cores para criar uma terceira cor. Outras vezes, a tinta muito opaca é necessária para cobrir completamente qualquer cor sob ela. A opacidade deve ser adequada no uso da tinta. A opacidade é testada espalhando uma amostra de tinta com uma faca de tinta sobre uma ampla linha preta impressa em uma folha de papel. A quantidade de cobertura é então comparada a um padrão para determinar se a opacidade está correta.

Transparência da tinta – refere-se ao oposto do opaco. Uma tinta transparente não esconde a cor abaixo dela, mas se mistura com ela para criar uma terceira cor. Todas as tintas usadas para imprimir trabalhos a cores devem ser transparentes. A escolha do corante e o seu grau de dispersão através do veículo são os fatores mais importantes na determinação da transparência ou opacidade de uma tinta.

Brilho – refere-se à própria capacidade da tinta para refletir a luz, e depende da configuração ou suavidade da película de tinta na superfície do substrato. Geralmente, quanto maior for a proporção de veículo para corante, mais suave será a configuração e maior será o brilho. A aplicação de um filme de tinta mais espesso tende a melhorar o brilho enquanto a penetração no substrato tende a reduzir.

PROPRIEDADES DE RUNNABILITY

Runnability é um termo exclusivo para impressão. Aplica-se à interação livre de problemas entre a tinta e a impressão, o papel e a impressão e, finalmente, a tinta e o papel. O corpo, a estabilidade à temperatura, o comprimento, a aderência, e a secagem contribuem para o funcionamento de uma tinta e são primariamente uma função do sistema de veículo utilizado na tinta.

Corpo – refere-se à consistência, rigidez ou suavidade de uma tinta. Viscosidade é um termo relacionado que se refere às características de fluxo de tintas moles ou fluidas. O corpo da tinta e os requisitos de viscosidade variam amplamente pelo processo de impressão. Em geral, tipografia e tintas litográficas offset são bastante grossas ou “viscosas” (muito parecido com pasta ou mel). Na prensa, elas se movem através de uma série de rolos chamados “trem de tinta”, onde a ação dos rolos espalha a tinta em uma película fina para transferência para a blanqueta e/ou chapa e sobre o substrato.

Estabilidade da temperatura – em uma tinta é importante permiti-la suportar o calor gerado pela fricção que ocorre enquanto ela se move através dos rolos e dos cilindros girando. Se um veículo de tinta não é suficientemente estável, o aumento da temperatura pode ter um efeito nocivo sobre o corpo de uma tinta e, portanto, sobre a sua capacidade de execução.

Comprimento – descreve a tendência de uma tinta para formar linhas longas quando esticada ou puxada. As tintas longas fluem bem, mas formam filamentos longos que têm uma tendência para se esticar ou se enevoar, especialmente em prensas de alta velocidade. Tintas curtas têm uma consistência da manteiga e fluem mal. Elas tendem a se grudar em rolos, chapas ou blanquetas. As tintas com a melhor capacidade de execução não são nem excessivamente longas nem curtas.

Aderência – refere-se à viscosidade da tinta, e deve ser correto para que a tinta fique presa aos rolos da prensa, mas de modo que ainda proceda com a transferência de rolo para rolo, de rolo para chapa, de chapa para blaqueta e de blanqueta ao papel.

Secagem – as propriedades de uma tinta são críticas por uma série de razões. O mais óbvio é que uma peça impressa não pode ser manipulada ou utilizada até que a tinta tenha desenvolvido a integridade do filme. Além disso, a maneira como a tinta seca pode reduzir a poluição do ar, melhorar a eficiência energética e até mesmo melhorar a produtividade na sala de impressão, permitindo uma impressão e conversão mais rápidas. Na maioria dos casos, a primeira fase de secagem da tinta é o ajuste. Imediatamente após ser aplicada ao material, a porção líquida da tinta começa a evaporar-se no ar ou a penetrar no material, fazendo com que a tinta espesse. O ajuste é seguido pela secagem real através de um ou mais mecanismos possíveis: absorção, oxidação, evaporação ou polimerização. O mecanismo específico é determinado pela relação entre o próprio processo de impressão, o sistema de veículo da tinta e o substrato. As tintas que são aplicadas a um substrato absorvente tal como papel de jornal ou cartão ondulado secam por absorção. A porção líquida da tinta penetra no substrato, deixando uma película de tinta sobre a superfície. Dependendo do processo de impressão, esta película de tinta pode sofrer procedimentos de secagem adicionais. Na oxidação, os componentes nos óleos da tinta combinam-se quimicamente com oxigênio na atmosfera para formar uma película de tinta semi-sólida ou sólida. Ocorre frequentemente em combinação com a absorção. A oxidação pode ser acelerada pelo uso de secadores na formulação de tinta ou pela aplicação de calor ou radiação infravermelha à peça impressa. Uma vez que os substratos não porosos tais como películas de plástico e vidro não podem absorver veículos de tinta, eles requerem tintas que secam através de evaporação ou por polimerização (por exemplo, cura por radiação). No primeiro, os solventes do veículo evaporam, deixando resinas e outros materiais para trás para ligar os pigmentos ao substrato. A evaporação das tintas deve ser rápida o suficiente para a secagem completa, mas não tão rápida como para causar instabilidade, enquanto as tintas ainda estão em execução na impressão. Na cura por radiação, todos os componentes na tinta permanecem na superfície do substrato, mas são polimerizados numa película dura pela utilização de luz ultravioleta ou energia de feixe de electrões para desencadear uma reação química. As tintas curáveis ​​por UV requerem a presença de um fotoiniciador, enquanto as formulações curáveis ​​com electrões não o fazem.

COMBINAÇÃO DE CORES

Uma das qualidades mais importantes das tintas de impressão offset é a sua cor. Se o cliente encomendar tinta preta, existem poucos problemas porque o preto é essencialmente preto. No entanto, se o cliente ordena amarelo esverdeado, é difícil saber exatamente que cor ele tem em mente. Para ajudar a resolver o problema de misturar a cor exata que o cliente deseja, a indústria de fabricação de tinta desenvolveu um sistema de classificação de cor conhecido como o sistema de correspondência PANTONE.

Pantone Matching System: O Pantone Matching System (PMS), consiste em livros de amostras que contêm amostras de centenas de cores diferentes, cada uma identificada com um número de código e a formulação para cada cor. Em outras palavras, o livro diz exatamente o quanto amarelo e quanto azul são necessários para fazer a cor específica de tinta que o cliente escolheu do livro. Gráficas podem obter esses livros para que elas possam encomendar a cor exata que o cliente quer. As gráficas também pode usar este livro para misturar cores de tinta na planta. O Pantone Matching System conta com dez cores básicas que podem ser misturadas usando as proporções indicadas no livro de Pantone para fazer a cor exata desejada. Além das quantidades de cores básicas, as gráficas também devem ter uma escala precisa para medir as quantidades de tinta necessárias para a cor, facas de mistura de tinta, solvente de limpeza e trapos. Para misturar as tintas, a quantidade exata de cada cor básica PMS necessária é medida na escala (use somente cores Pantone para obter resultados aceitáveis). Em seguida, as cores básicas são misturadas juntamente com as facas de tinta. A tinta é então testada quanto à cor correta e, se estiver correta, ela é colocada em latas para uso posterior ou colocada diretamente na fonte de impressão. Finalmente, a bagunça da mistura é limpa com solvente e trapos.


Fonte






















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